Rigmes, O Grande Guerreiro

INTRODUÇÃO

Eu sempre fui um homem singelo, apesar da minha profissão. Ser o melhor guerreiro do Reino de R’thoor exige muita perseverança e perícia, além ter o inventário na alma e no cérebro de todas as criaturas mágicas que existem pelas florestas. O melhor bélico, sem devaneios, era minha pessoa. Amado por cinco gerações de reis e adorado pelos humildes. Eu me domiciliava no meio deles e ajudava a todos que batiam em minha soleira.

Minha doce esposa tinha repulsa da minha profissão, ela temia que um dia retornaria para casa apenas um corpo morto. Ela temia pelos nossos filhos serem criados sem pai. E eu sempre temi ficar sem eles. Esse é um grande fardo de um Grande Guerreiro, ainda mais alguém com experiências tão singulares quanto as minhas.

De um jeito ou de outro, acabei me aproximando da vida de caçada do Reino. Quando jovem, eu vivia na mata observando os animais, todos os tipos deles. Adestrei-me de suas vidas, como caçá-los e sobreviver deles. Era sempre minha pessoa que portava muitos animais abatidos, logo, era sempre quem saía com mais trocados da época de caça e era comigo que os outros caçadores vinham brigar no fim do dia. Felizmente, muito antes da sua geração nascer, o Rei Loovhsty me viu encurralado por cinco homens e me viu acabar com eles como se fossem bonecos de pano. Simpatizado comigo, acabou me nomeando O Grande Guerreiro do Reino de R’thoor depois de um tempo.

– Mas como o senhor virou um coelho, Seu Rigmes?

– Bem, jovem Califhe, essa não é uma história para agora. Agora, precisamos descobrir como sair dessa ilha flutuante.


PARTE 1

    O Reino de R’thoor estava prestes a jazer nas chamas. Todo aquele muro não protegia os ataques aéreos. As humildes casas do vilarejo encostado no desfiladeiro do castelo estavam devastadas. Não restava mais o que fazer.
Rigmes gritava do seu quarto, horrorizado por sua pequena cidade chamejar. O castelo possuía travas de segurança que, quando sob ataque, grades bloqueavam todos as aberturas do lugar, menos a do Salão Central. Sua família sempre estava em seu pensamento e acreditava que sabia solucionar aquele problema. Ele pegou um saquinho que estava sob o tapete, amarrou-o desajeitadamente em sua cintura, esgueirou-se com o seu corpinho pequeno e felpudo pelas barras de ferro e saltitou velozmente entre as pernas e vestidos frenéticos que corriam com baldes d’água para todos os lados.
O castelo tremeu, provavelmente um pouso. Gritos apavorados viam de todos os lados. Já era possível sentir o cheiro de carne queimada.
Rigmes viu Panflutt se dirigindo ao Salão Central e mais que depressa, embarcou em seu pé, escalando cuidadosamente o corpo de seu velho amigo. O velho guerreiro já se encaminhava para a senilidade, com direito a cabelos bem brancos e uma pança consideravelmente grande.

– Rigmes, é um dragão! É um dragão!

Panflutt estava suado e buscava abrigo no Salão. Ele podia, pois já fora um Grande Guerreiro e tem total acesso a todas as partes do lugar.

– Eu sei, por isso quero falar com o Rei Creedo. Vá! Depressa! Acho que sei como ajudá-lo.

Depois de passar por uma multidão de empregados aflitos na porta do Salão Central, conseguiram se juntar à família imperial, ao Rei e outros Grandes Guerreiros. Rigmes saltou ao chão e desviou-se de todas as pessoas, alcançando o trono do rei.

– Vossa Majestade.

– Rigmes! Ó, Céus! Onde você estava? Estamos sob ataque de um dragão!

– Sim, senhor. Posso resolver.

– Isso! – o Rei berrou animado – Aprendam com o mestre guerreiro dos animais mágicos! Seus infames, só estão aqui para se proteger!

Os Grandes Guerreiros voltaram-se ao rei, com suas armas em punho, com feições um tanto desagradáveis.

– Então, Rigmes, qual seu plano? – perguntou um Grande Guerreiro.

– Perguntar para o dragão porque ele está fazendo essa lastimação.

Os guerreiros e empregados ali presentes riram. O céu do castelo tremeu novamente e todos esperaram mais uma onda de calor, mas nada aconteceu.

– Certo. A sua pessoa precisa de auxílio para essa tarefa?

– Não, Vossa Majestade.

– Eu me ofereço para colaborar nessa tarefa, Vossa Majestade. – um guerreiro saiu da multidão e se curvou perante a família real e ao coelho. – Sou Califhe e será uma honra ajudar o mestre das criaturas nessa jornada.

– Eu insisto, não necessito de auxílio, Vossa Majestade. – respondeu Rigmes rapidamente.

O rei permaneceu em silêncio pensativo. Uma respiração pausada ecoava no Salão: o dragão estava cheirando as pessoas que estavam por ali.

– Califhe, você irá com Rigmes. Ele precisa de um discípulo.


PARTE 2

– Você está tentando se matar, jovem?

– Logicamente não, mestre.

– Por favor, não me chame de mestre. Sou apenas um coelho.

– Seu Coelho, então?

– Não. Chega de tagarelice, se não vamos assustá-lo.

Rigmes estava no ombro de Califhe enquanto eles conversavam baixinho. Eles escalavam o teto do castelo, prestes a pular na cauda do dragão. Tudo tinha que ser feito meticulosamente para não assustá-lo. Ele estava distraído, observando o vilarejo arder. Gostava de observar a morte, a tristeza daquele lugar.
Repentinamente algo entrou fervendo em sua cauda. O dragão rugiu de dor, cuspindo vermelho para os lados. Levantou voo de imediato em direção à floresta. O coelho e o homem não previam era a sua subida constante.
O dragão avançou na diagonal por um bom tempo. Califhe e Rigmes estavam com suas vidas suspensas naquela cauda. Rigmes não tinha como avançar corpo acima sozinho, não possuía mãos para se agarrar. Califhe mal aguentava o próprio peso, além de começar a ficar com uma cor esverdeada.
Rigmes farejou grama fresca e água logo a frente, mas eles estavam muito alto, até para ser o topo de uma montanha. Mas eles realmente estavam chegando uma uma ilha flutuante. Suas raízes e o topo das árvores encontravam as nuvens.
O dragão pousou na beirada da terra pairante. O local não era muito grande e a mesma parecia tinha deslocado-se para baixo, por causa do peso excessivo. Califhe largou o dragão e correu em direção à árvore mais próxima. Rigmes saltitou até uma das patas dianteiras do monstro, pronto para usá-la como escada até a face do dragão..

– Achei que você seria mais inteligente, Rigmes.

O dragão serpenteou. Rigmes apenas cerrou os olhos. Califhe largou a árvore, esquecendo o seu enjoo por uma causa maior: interpretar o tom da conversa.

– Sabes quem sou, dragão?

– Efetivamente. Nenhuma outra pessoa ou animal teria coragem de embarcar no dorso de um dragão.

– Então me responda, criatura, por qual motivo aterrorizou o Reino de R’thoor?

Com apenas um bater de asas, o dragão já estava sobrevoando a ilha, com um grande sorriso em seu focinho, mostrando seus dentes amarelos e podres.

–  Anszakhiel manda lembranças e estará pronta para vê-lo quando conseguir sair daqui.

Mergulhando entre as nuvens, o dragão sumiu, deixando apenas a certeza na cabeça de Rigmes. Ele e Califhe se aproximaram; o segundo composto por dúvidas.

– Eu entendi direito, o dragão te conhecia?

– Eu não o conhecia, mas ele está a mando de alguém que me conhece.

– Quem? Anszakhiel?

Rigmes coçou a sua orelha fofa e respirou fundo.

– Efetivamente. Ou até pior.

 

De lá de cima não se via a cor do fundo. Tudo era nevado com um tom de calmaria. O dia entrelaçava-se com a noite e não sei via nenhum pássaro para pedir ajuda.

– Todos sabem, Seu Rigmes, que o senhor virou coelho por engano. Uma bruxa, dizem, que lhe deu o feitiço errado.

– Jovem, você não quer descer logo daqui?

– Quero, mas se eu não descer, quero saber todos os detalhes do senhor. Cresci ouvindo história sobre o senhor e…

– Cale-se! Me ajude a pensar em algo. Eu já lhe contei sobre minha vida, minha família. Precisamos descer antes que sucumbamos durante a noite.

– O senhor falou de sua família…

– Ó, Céus! Deve ser a altura…

– …onde eles estão?

Rigmes recolheu-se, sua orelhas ficaram murchas.

– Me esperam retornar em um… cavalo alado… Isso! Isso, jovem! Mais óbvio impossível, você tem futuro garoto, tem futuro.

Califhe não entendeu como poderia ajudar, mas seguiu Rigmes até a beirada da ilha. Apressadamente,  coelho subiu no homem.

– Vá, pule.

– Não, senhor! Vamos morrer!

– Jovem, você me deu uma ótima ideia e calculando por quanto tempo nós andamos, sei bem onde estamos. Vá, logo!

– Não posso, senhor. Tenho uma filha pequena, se eu morrer, ela será órfã sem nem saber dizer papai.

– Então salte por ela e tudo ficará bem. Sabe, eu sou um coelho e meus pés geralmente dão sorte as pessoas.

Califhe riu desconfortavelmente, a distração perfeita para Rigmes empurrá-lo ilha abaixo.
O vento da descida sugava suas almas para cima. O lá embaixo chegava muito acelerado. Rigmes fazia de tudo para se manter preso ao Califhe. Vendo as montanhas cobertas de lilás, teve realmente certeza de onde estavam.

– Doorum! Doorum! – gritava o coelho – Vamos, jovem, me ajude! Doorum! Doorum!

– Vamos morrer, Seu Rigmes! – o ar ligeiro entrava pela sua boca.

– Se você cooperar não vamos morrer!

E antes que Califhe pudesse recolher as lágrimas e ajudar, um animal cortou o ar e lhes encilhou na garupa. Califhe só conseguiu ver asas enormes negras antes de desvanecer.

PARTE 3

– Muito bem, Doorum. Bom garoto, bom garoto. Chegamos.

Califhe alongou seu olhar, mesmo estando tudo tão escuro. Já havia se passando algum tempo desde o salto da ilha flutuante.

– O que… Rigmes, sobrevivemos?

– Sim, jovem Califhe. – o coelho riu e afagou o pelos negros embaixo de si. – Doorum foi um bom garoto e nos resgatou, não foi?

Califhe sentiu o leve embalo que lhe carregava parar. A sua volta já se tornara negra, assim como o cavalo com asas que estava sobre seu corpo. O coelho saltou do seu velho amigo, observando os lados.

– Califhe, nós estamos na parte mais negra da Floresta Profunda. Aqui mora Anszakhiel, a bruxa mais temida desse Reino. Nós vamos ao encontro dela e descobrir o que ela ainda quer de mim.

Califhe pensou no que Rigmes tinha acabado de proferir, mas não teve tempo de conseguir um argumento.

– O que eu ainda quero de você é bem simples, meu coelho.

A voz velha e enferrujada ecoava de todos os lados. O negrume impedia de ver mais de um metro a frente. O coelho subiu no homem, não para buscar abrigo e sim, uma visibilidade melhor da região. Eles observavam para todos os lados, mas nada surgia em sua frente.

– Estou aqui, só falar! Lhe dei tudo que tinha em troca do bem da minha família. O que mais você pode querer de mim?

– Mentira. – a bruxa apareceu na frente deles. Uma senhora de cabelos grisalhos, mas um pouco alta para sua idade. Ela sorriu e mostrou seus dentes amarelos e podres, acendendo fogueiras com um simples mover de mãos em volta na clareira onde se encontravam..

– Era você! Você era o dragão!

– Garoto esperto. É seu, Rigmes? Comprou no Castelo de R’thoor onde vive agora se escondendo de mim?

– Não me escondo de você, bruxa.

– Outra mentira. Eu te conheço há pelo menos trezentos anos, sei muito bem quando está logrando, coelho!

Ela começa a cercá-los, com as mãos para trás do corpo. Califhe desembainha sua adaga e aponta para a velha.

– Eu sou um Grande Guerreiro do Reiro de R’thoor. Sou autoridade e posso prendê-la por desacato a autoridade.

A bruxa mostra seus dentes em um sorriso horroroso e se transforma em uma senhora enrugada e fisicamente frágil.

– Ó, não, Senhor Guerreiro! Não faça isso com essa velha senhora. Como pode tratar mal uma pessoa de idade como eu?

– Cuidado, Califhe, ela sabe pregar peças.

– E sei usar magia também!

Ela abre os braços e canaliza todas as suas forças nas fogueiras ao redor, fazendo se erguerem até o topo das árvores colorindo-as de chamas.

– Você não vai nos amedrontar, seu monte de estrume!

Retorcendo-se em gargalhadas da fala do pobre jovem, Anszaskhiel com um único gesto, cravor na árvore mais longe a espada que Califhe empunhava.

– Jovem, você não sabe da metade, não é mesmo? Não sabe por que esse coelho está se arrastando aos pés de todos. Por que um dia, eu me arrastei aos pés dele e sabe o que ele fez? Me negou, depois de tudo que fiz por ele. Por sua eternidade!

 – Eternidade? – Califhe perguntou olhando mara Rigmes – O que isso quer dizer?

Rigmes não perdeu sua pose astuta e nem seu olhar repreendedor à bruxa.

– Isso mesmo, jovem. Fiz de tudo para manter eternidade. É raro ter alguém com uma sabedoria como a minha.

Califhe vinca as sobrancelhas desacreditado. Anszaskhiel se diverte pela dúvida que causou. Rigmes pula para o chão e respira fundo. As chamas no alto se alastram e galhos começam a cair. Doorum dá início ao nervosismo, batendo suas asas e relinchando.

 – Mas todos dizem… sua vida é prolongada por causa de um sangue  de um peixe raro do Reino de Cshinguller.

– Tudo mentira, jovem.  – Anszaskhiel proclama.

– Eu vou te matar, sua cretina. Sabes que nunca vou dar o que queres.

– Será? E esse jovenzinho aí? Por que o trouxe então? Ou vai dizer que não sabia que era eu lá em R’thoor?

– Não vou dar o que queres, bruxa.

– O que ela quer, Seu Coelho? O que eu tenho haver com isso?

Califhe já sentia o calor se aproximar, algumas árvores já estavam virando brasas ao chão.

 – Sabe que sou obrigada a visitar sua família se não me der uma vida a cada dez anos.

 – Não vou dar o que queres, bruxa!

Rapidamente Rigmes enfia sua patinha na sacolinha de sua cintura e atira um pó acinzentado nos pés de Anszaskhiel. Ela se apavora quando assiste bolas de fogo vindo de todos os lados. Ela cai em chamas, não gritando, mas grunhindo, ecoando entre os troncos esturricados.
Doorum corre contra as labaredas. Rigmes alcança Califhe enquanto ele abraça o cavalo alado em movimento para sair o mais rápido dali.

 – Vá, Doorum! Vá! – Califhe ordena.

Rigmes olha para trás e vê a Floresta Profunda brilhar como uma lareira gigante lá nas nuvens.

EPÍLOGO

Um dia ameno e deslumbrante. As flores louvavam o sol e as borboletas e abelhas dançam como atores de teatro de rua.
Uma menina sorridente sai da sua casa. Atrás vem um menino mais alto correndo até o meio do pátio, se estapefando e rolando nas gramas verdes. Ela vê o irmão e se joga junto no chão.

 – Hey, não quero ver minhas hortaliças amassadas, se não vou contar para o pai de vocês.

Uma mulher sorridente sai da casa carregando um balde na mão. Seus cabelos são extremamente volumosos e compridos. Sua pele morena contrasta com seus olhos esverdeados.
As crianças param de rir e fingem se comportar.

– Mama, quando o papa vai voltar?

– Yolandrix, seu papa foi trabalhar ontem, talvez demore um pouco para vir. – a mulher larga o balde próximo às flores.

– Ele foi com o Doorum, Yolandrix, logo, logo ele tá aqui!

– Verdade, Cimitres! Vem, vamos brincar no balanço lá trás!

 

– É sua família?

– Sim.

Califhe está abaixando, observando a movimentação da casa atrás de um arbusto. Rigmes está evitando olhar.

 – Eu regressei de uma pequena expedição dos Alpes Nevantes e encontrei nossa casa no Reino de R’thoor saqueada e linchada. Luvyh não queria que me ocupasse dos trabalhos do rei porque iria fazer mal para nossos filhos. Muitos não gostavam de minha presença por lá. Quando nos mudamos para cá, andarilhava por todos os cantos, atrás de um animal novo, algo novo para catalogar…

– E então o senhor achou a Anszaskhiel.

O jovem e o coelho se entreolharam. Rigmes respirou fundo.

 – Ela me ofereceu décadas e décadas de “poções de eternidade” por livre arbítrio. “estou testando minhas habilidades”, “acho que essa não lhe tratá tosse”, “acredito que essa não matará Cimitres”.

Califhe serrilhou os olhos e observou seu companheiro coelho.

 – Sim, Anszaskhiel tirou suas vidas por falha minha.

– Mas então, o que são eles?

Rigmes finalmente mirou a casa com suas orelhas caídas e olhos tristes. As crianças corriam em volta da moradia de madeira enquanto a mãe estendia as roupas

 – São apenas cinzas em um tempo e espaço repetido, esperando que eu retorne em um cavalo alado. – a risada das crianças explodiram entre as árvores – Anszaskhiel me amaldiçoou nesse corpo e infelizmente, não posso viver a eternidade sem eles.

– E essa eternidade tem um preço: a vida de uma pessoa sempre quando ela quiser.

Rigmes fitou Califhe.

 – Jovem Califhe, você tem certeza que deseja ser meu aprendiz?

Califhe pensou. Logo, ele apontou para a cintura de coelho.

– O senhor vai me dizer o que é isso nesse pacotinho?

– Isso é cinza de Colossus. Os espíritos do fogo, os Gyros, se sentem atraídos por eles e nada melhor que fogo para suprimir uma bruxa. Foi o que consegui fazer naquele momento, jovem. Mas não pense que ela está morta, ela já deve estar se regenerando.

– Sim.

– Sim?

– Sim, quero ser seu aprendiz, mesmo que isso seja fazer sacrifícios. E depois que o senhor conseguir me ensinar tudo que preciso saber, o senhor pode descansar em paz com a sua família. Entrar naquele tempo repetitivo.

O Reino de R’thoor estava a frente, se reerguendo das labaredas que o consumiram há poucos dias. Doorum levava Califhe em seu dorso que levava Rigmes em seu ombro.

 – Seu Rigmes.

– Pois não?

– Ainda não me contou como o senhor virou coelho.

– Ah, meu jovem, esse é assunto para outro conto.

– Mas por que o senhor se arrastou aos pés de Anszaskhiel?

– Já disse, é para outro conto.

Fernanda Batista
Fernanda Batista

4 comments

  1. Gostei bastante, boa estruturação e clareza na mensagem, no que se refere aos dois personagens centrais.

    A trama é complexa, mas vc soube dar simplicidade à narrativa, parabéns!

    Abração

    1. Oi Lucas, obrigada pelo comentário! Isso me deixa muito animada para continuar a escrever! Obrigada ^^