Um pouco mais distante de qualquer tipo de humanidade, ele observava o que queria ser. Em seu pensamento, apenas uma única vontade. Na sua eternidade, nunca nada lhe agradou mais do que as cores. Todas, as dos animais que o rodeavam era finitas e era isso que achava perfeito.
O mundo grande, de uma ponta a outra, nada era empecilho para mais uma caminhada. Só que ali, entre aqueles pequenos insetos, era sempre onde descansava outra vez. Um dia tinha muitas árvores e animais, outro madeiras e não muito depois, casas e cercas.
Os humanos não eram seu problema, também os adorava. Como eles mudavam e faziam cores, acompanhou todos os seus progressos. Os humanos também eram como os insetos e outros animais. Com o tempo, descobriu que existiam certos lugares onde eles mesmos se enterravam; outros, os colocavam em grandes fornalhas e apenas pó saía de lá. O mais bonito de se ver, era quando iam parar em barcos flamejantes em alto-mar, mas sempre a vida se acabava do mesmo jeito.
Só que sempre se manteve escondido. Ouviu certa vez que era estranho raposas terem mais do que uma cauda e parecia que agora, estava lhe nascendo a décima. A sensação é a mesma de antes, só que um pouco mais dolorida. A única coisa que queria era que sua vontade se realizasse. E retornou para o lugar que acredita ser sua casa, observando tudo que amava, desejando que sua vida fosse pequena para poder eternizar aquelas cores em sua memória.
2 comments
Muito bom. Adorei.
Valeeeeus! :*